FAMÍLIAS COMEÇAM A HABITAR O RESIDENCIAL SANTA MARIA

Primeiros moradores habitavam áreas de risco no bairro Estrelão


As 96 famílias que receberam casas novas no Residencial Santa Maria, totalmente gratuitas, a partir de agora tem mais duas datas para comemorar. A primeira delas é a entrega, de forma oficial, das chaves, em cerimônia realizada no dia 9 de janeiro. A segunda, por sua vez, é o dia em que elas, de fato, vão começar a morar e construir sua nova vida.

Desde o dia 10 de janeiro, as primeiras famílias começaram a habitar o Residencial. A transferência será gradativa, de dez famílias por vez, e iniciou por aquelas que residiam em áreas de risco próximo ao Estádio Estrelão. Conforme acordado previamente, elas têm até 15 dias, depois da entrega das chaves, para fazer a mudança.

Uma das primeiras famílias que se mudou para o novo lar foi a da dona de casa Lídia de Vargas, 42 anos. Ela e o marido, o construtor Aloísio Nonnenmacher, 52 anos, juntamente com a filha Letícia, de 15, mudaram-se no sábado, dia 11. Casados há 18 anos, 15 deles foram vividos no bairro Estrelão. "Quando chegamos lá, a nossa casa não tinha água e nem luz, e eu estava grávida. Tive a nossa filha naquelas condições, mas com o tempo fomos ajeitando a nossa casa", explica Lídia.

No começo, Lídia disse que não queria sair de lá, principalmente por causa da filha, que também estava um pouco relutante. Mas depois que viu pela primeira vez a futura moradia, mudou de ideia. "Nossa antiga casa era um pouco maior do que esta que recebemos, porém esta é bonita e tem uma boa localização. Gostei na primeira vez que vi e agora também estou gostando de morar aqui", conta.

A alegria da mãe reflete no rosto da filha, que também mudou de opinião. "Gostei da casa e adorei o quarto, pois é maior que aquele que eu tinha antes", comemora Letícia. A dona de casa destaca ainda a localização, que facilitou a identificação e a ida da filha para a escola.

A família está em uma casa geminada, que divide com os pais de Lídia, o casal de aposentados Maria Helena de Vargas, 71 anos, e Valério Neto de Vargas, 80 anos, que também moravam no bairro Estrelão. Eles residem na nova moradia desde terça-feira, dia 14. Dona Maria diz que logo gostou da casa e do lugar em si. "Desde o início eu sabia que a gente iria se dar bem aqui. Melhor pra gente, impossível", destaca.

Outra família que passou a habitar a nova casa foi a de Clenir Fátima Viana, 34 anos. Ela, o marido Doglemar Bueno, 50 anos, e os três filhos: Rosângela, de 15, Fernando, de 16, e Verônica de 17, fizeram a mudança na terça-feira, dia 14. Dona Clenir conta que a casa de madeira onde moravam estava em péssimas condições. "Era uma casa muito precária, a madeira estava apodrecendo. Não sei se a casa duraria mais um ano", lamenta. No entanto, agora ela diz, animada, que realizou um sonho. "A casa é muito boa. Vou cuidar direito de tudo, pois era um sonho conseguir a minha própria casa", comemora.

Para melhor se acomodar, a família já planeja aumentar a cozinha, fazer uma garagem, aumentar a calçada ao redor de casa e construir uma varanda. "Também comecei a fazer a minha horta, onde já plantei alguns temperos verdes", acrescenta Clenir.

Para tanto, o secretário de Habitação e Urbanismo, Moacir Carvalho, informa que quem deseja construir ou mexer na estrutura das casas deve se deslocar até a Prefeitura Municipal e falar com os engenheiros, os quais irão repassar as devidas instruções.